A democracia na Venezuela foi sempre motivo de crítica e sanções aplicadas pelos Estados Unidos. Entretanto, Washington alivia o peso da sua mão após Nicolas Manduro se comprometer que não vai interferir nas eleições de 2024.
Essa confiança foi abalada após candidata a presidente ser impedida de participar das eleições numa decisão da Suprema corte (27 de janeiro).
O Brasil se opõe às sanções contra a Venezuela
Oposicionista tem candidatura barrada pela Suprema Corte da Venezuela - foto: Reprodução/x |
O Brasil busca mediar uma forma de contornar essa crise, mantendo o diálogo entre venezuelanos e norte-americanos.
Por um lado, o Lula procura convencer os EUA que as suas sanções não afetam apenas a pessoa do presidente, mas a população daquele país.
Mais sanções não vai servir para nada, somente para aprofundar a fome, a pobreza e a miséira do povo, que não tem culpa das decisões do presidente que tem.
O Planalto se pronunciou, em nota, contra as sanções: "O Brasil reintera sua conhecida posição contrária às sanções, que violam o direito internacional e penalizam a população".
Muitos países (como os EUA) condenam o regime de Maduro, mas o Brasil (ou melhor, o Lula) não condena.
O lula acredita numa saída diplomática para esse impasse. Na voz do seu assessor especial Celso Amorim, o Lula cobrou que a oposição e o governo venezuelano cumpram o acordo e realizem as eleições desse ano.
Os Estados Unidos ficaram muito irritado quando Marina Corina Machado, lider da oposição, foi barrada pela Suprema corte nas próximas eleições presidenciais.
Essa decisão tem como base o fato de que a candidata não mensionou, na sua declaração de bens, os pagamentos de gratificações alimentares. Mas para Machado, essa é uma decisão ilegal.
As eleições da Venezuela estão indo por um caminho muito perigoso. O povo é a maior vítima nessa questão toda. Além de ser alvo do governo, da oposição, também pode sofre com fortes sanções internacionais.
Nesse momento, os norte-americanos já estudam quais os tipos de punições vai haver no seu próximo pacote de sanções e a população "que lute".
Será que o povo tem culpa da corrupção dos políticos e, por isso, o mesmo deve sofrer com punições e sanções econômicas, políticas e sociais?
A resposta é não, mas alguns poderosos colocam o seu ego acima do povo. Para eles, o que importa é o poder. As necessidades do povo vem por último. Isso por que é mais fácil punir do que ajudar a sair de uma crise.